O ecommerce, ou loja virtual, está salvando o mês de muitos comerciantes pois é o único meio seguro hoje de se fazer uma compra.
Era bem difícil imaginar que iríamos viver uma época de comércios de rua fechados por todo o país e as pessoas tendo que se resguardar em casa. A pandemia que está acontecendo gerou, além de mortes, uma crise sem precedentes no comércio em geral.
Crises que acontecem no setor do comércio é sempre um teste de resiliência para uma empresa que terá que mostrar o quanto trabalhou para se prevenir e criatividade para buscar novos meios de faturamento.
Não é atoa que em abril deste ano as vendas online subiram 81% e o faturamento geral foi de R$ 9,4 bilhões, segundo dados do portal E-commerce Brasil.
Infelizmente ainda tem muito comerciante que não enxergou antes o potencial da venda online, e agora tem que correr atrás e se desdobrar para faturar alguma coisa em tempos de pandemia ou encarar a morte de seu CNPJ.
Ecommerce como solução
Ter uma loja virtual não é novidade, a pelos menos 20 anos existem ecommerces no Brasil, o que é novo é a adesão de recurso por todo tipo de empreendedor. Já é comum ver pequenos comerciantes, como artesões, aderirem a venda online antes do que o tradicional porta-em-porta como era antes. Não é atoa que entre março e maio, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, Abcomm, registrou o surgimento de 107 mil novas lojas online no Brasil.
Esses comerciantes, mesmo os pequenos, aderiram as vendas online e agora são os mais resistentes a crise que temos hoje. Sem depender do movimento na rua, aluguel de um local, decoração e segurança, ou seja, tudo aquilo que não esta sendo usado agora, esses comerciantes estão livres para faturar no único meio viável e seguro hoje em dia, o online.
Criando um ecommerce sem entrar em pânico
Eu lembro bem que no começo da minha carreira como desenvolvedor, uns 13 anos atrás, quando um cliente desejava ter uma loja virtual, era um projeto realmente especial que iria demandar muitas horas e boa organização. As integrações com bancos e cartão de crédito para pagamentos, eram todas programadas manualmente e a aprovação era feita diretamente com as empresas de crédito, loucura!
Felizmente hoje é bem diferente, o empreendedor tem a opção de aderir a marketplace e lojas prontas sem precisar de conhecimentos avançados de informática e internet, pois essas empresas tentam facilitar o máximo, mas claro, por um preço.
Ecommerce em Marketplace e lojas prontas é uma boa?
É muito tentador ver anúncios de “venda online agora mesmo” ou “sua loja online pronta em alguns clicks” das inúmeras plataformas de ecommerce prontas para venda online que hoje existem, mas será que aderir a isso é boa ideia?
Para ficar fácil de entender, aderir a uma loja pronta de uma empresa é como ter um sócio para o seu negócio, eles irão absorver boa parte do trabalho digital, como hospedagem, a divulgação, sistema da loja virtual e algumas coisas da expedição do produto. Em troca eles pegam parte de seus lucros de cada produto vendido, mesmo que para aderir a esse serviço seja grátis. Isso acontece por que essas lojas prontas são ligadas a meios de pagamentos próprios onde cobram taxas por cada venda e seguram o dinheiro por tempo antes de poder sacar ou, no caso de marketplace, cobram uma grande porcentagem do valor da venda.
Para só ter uma ideia, veja essa comparação dos principais marketplaces em 2017 feita pela E-commerce Brasil:
É uma questão de avaliar se essas cobranças ainda deixam os seus produtos atrativos para seus clientes pois inevitavelmente esses custos tem que ser acrescidos ao valor final.
Sua própria loja virtual
Se aderir a uma loja pronta o comerciante está sujeito as regras e taxas desse parceiro, ter seu próprio ecommerce de forma fácil e rápido é possível? Claro que sim!
Já se foi aquele tempo que eu citei de super projetos de ecommerce, hoje em dia já coloquei lojas online para funcionar em apenas uma semana. Sim, uma semana…. O maior trabalho foi a parte de separar os produtos com informações e fotos, ou seja, a mesma de uma loja pronta.
Esse salto se deu as plataformas gratuitas de ecommerce como a do Woocommerce, mas são diferentes das lojas prontas pois não são vinculadas a nenhuma empresa de pagamentos ou hospedagem. Ela te deixa livre para para escolher a melhor forma de pagamento entre várias opções já disponíveis.
Vamos fazer um cálculo simples de custos para fazer seu próprio ecommerce:
- Domínio do site: R$30,00 /ano;
- Hospedagem: média de R$15,90 /mês no plano anual;
- Programador web: R$20 a hora, por uma semana R$1050,00
OK, não é um trocado porém é um investimento baixo considerando o retorno e a nova abrangência. Sim, a internet da a possibilidade de captar clientes muito além do seu bairro e com isso maior chance de faturamento e além disso, ter o seu próprio ecommerce te garante manter a sua marca e estilo.
Sendo por marketplace ou tendo o seu próprio ecommerce, a tecnologia avançou e as desculpas para não vender online acabaram. Torne agora a sua empresa mais resiliente as crises e planeje a sua entrada no comercio online. Se aderir a marketplace ou lojas prontas, espero que esse artigo tenha sido útil de alguma forma, mas se for montar sua própria loja, me chama! 😁
Até mais e lembre de deixar um comentário.
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